A falta de limite para si mesmo...
Toda reflexão a respeito da dependência química nos causa
certo desconforto entre o que consideramos uso recreativo do uso compulsivo.
Sempre quando falamos no trabalho de grupos de apoio, sabemos que o primeiro
passo é assumir sua impotência diante do álcool e ou outras drogas, porém, sustentar os passos seguintes é que garante a legitimidade dessa consciência. É
assumir e aceitar que precisa lidar com esse desejo e se colocar limites.
Todo limite nos coloca a prova, a cada
momento que lidamos com nossas dores emocionais, vem a tona o desejo de não
vivenciarmos aquilo, de negarmos, e usamos de subterfúgios momentâneos que nos
causam e repercutem negativamente por muito tempo. A vida é um ciclo que devemos
respeitar e resignar, ter consciência da sua impotência, reconhecer suas
fragilidades, seus limites, são passos que exigem muita coerência. Podem os familiares,
amigos, profissionais orientar e querer o melhor, porque nota que o outro não
está em sua plena capacidade de enxergar quanto se prejudica diante de
compulsões que geram dor. Esses limites que vão do emocional ao físico, é um exercício
diário de reconhecer que não está só, e que pedir ajuda é sempre a melhor opção, o
pior julgamento é o que fazemos de nós mesmos. Todo circulo vicioso nasce da
necessidade do ser humano olhar pra si e rompe-los, e para isso, exige
autoconhecimento, autocuidado e autoamor além do discurso e sim uma prática
cotidiana de saúde e bem estar. Acreditando nas nossas capacidades de viver o
melhor a cada dia, com menos culpa, menos julgamento e mais amorosidade.
Clenio Lopes,
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