O Amor Platônico é como o nome
diz, mas é sempre uma inspiração para poetas, compositores e sujeitos anônimos que
vivem os meandros de algo irreal, mas que é tão intenso e forte que gera
sofrimento, mas passa.
O amor platônico ou o amor
idealizado deve o seu nome a Platão (350 a.C.), filósofo grego que acreditava
na existência de dois mundos: o das ideias, onde tudo era perfeito e eterno, e
o mundo real, finito e imperfeito, cópia mal acabada do mundo ideal.
Nesse sentido, viver um amor platônico
é viver em dois mundos simultaneamente: um onde estamos sozinhos e outro onde
namoramos, somos felizes e realizados com a pessoa perfeita que é objeto do
nosso amor.
Segundo psicanalistas, um amor
platônico é conseqüência de certa imaturidade emocional, afinal, o apaixonado
geralmente não experimenta as experiências de uma relação real, vivendo
fantasiosamente um namoro com alguém que nem conhece. Mas como é possível gostar
de alguém mesmo sem conhecê-lo (a)?!
Outras teorias sobre amor
platônico revelam que se trata de um tipo de relação afetuosa ou idealizada,
muitas vezes, não correspondida e até aquela relação pura, sem qualquer
pensamento sexual ou promíscuo.
Essa última teoria que define
amor platônico não combina com a suposta origem do termo, vinda de Platão. O
filósofo acredita que um amor platônico era fundamentado em virtudes, não em
interesses. Ou seja, segundo essa teoria, o amor platônico é tudo aquilo que é
perfeito, tão perfeito que não existe no mundo real.
A maioria das pessoas fantasia
acerca das relações amorosas: "Um dia encontrarei o par ideal, que será
capaz de me compreender, sem discussões, onde a compatibilidade será perfeita.
A magia do amor estará sempre presente e a paixão será eterna." A
realidade das relações amorosas, no entanto, é muito diferente. Todo o processo
de namoro é uma situação tremendamente arriscada. Somos e sentimo-nos postos à prova,
principalmente se aceitarmos darmo-nos a conhecer tal como somos o que
significa arriscar sermos amados, mas também rejeitados. E a rejeição não é
fácil de aceitar.
Uma relação amorosa é uma das
melhores oportunidades de crescimento pessoal. E não há crescimento que não
implique sofrimento. Todavia, também inclui uma felicidade enorme. Tal como
noutras situações da nossa vida, aquilo que obtemos depende da vontade de lutar
por essa relação, arriscando-nos a deixar o nosso "lugar seguro".
Geralmente, antes do fim do primeiro ano de relacionamento, os elementos do
casal começam a experimentar as primeiras discussões, desentendimentos e
dificuldades. É normal. Resulta da necessidade de estabelecer regras de conduta
na relação. A cultura familiar de cada elemento do casal permite-lhe crescer
com regras, que são forçosamente diferentes do outro. Mas estas funcionam a um
nível inconsciente, e muitas vezes não nos damos conta que estamos a tentar
impô-las ao outro.
Quem nunca gostou daquela pessoa
que nem sonha que existimos, ou nos vê como alguém que conversa de vez
enquanto. Essa música da Tiê, 'Se enamora' é um pouco disso tudo... É bom sonhar, mas a realidade sempre dá um jeito de aparecer, e nos
faz experenciar a frustração que é viver.
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