O que é deficiência intelectual?
Existem diversas teorias a respeito desse tema, acreditando que irá
facilitar o entendimento do publico em geral, a Associação
Americana de Retardo Mental (AAMR), definiu a “deficiência mental” (deficiência
intelectual) “como um funcionamento mental significantemente inferior à média,
que tem inicio antes dos 18 anos de idade e, com limitações significativas no
funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação;
auto-cuidado; vida doméstica, autossuficiência, habilidades acadêmicas,
trabalho, lazer, saúde, segurança”, sendo que tal funcionamento se refere às
limitações em aspectos de inteligência prática, social e conceitual.
(Uniara,2012)
Podemos também definir
que existem graus de deficiência: grave, moderado e leve.
O Grave seria o sujeito
com atraso mais perceptível, com maiores complicações na comunicação, interação
social, entendimento das tarefas a sua volta. São casos mais complexos.
O Moderado também tem
sua complexidade, porém conseguem desenvolver algumas habilidades com maior
facilidade e entendimento.
E o leve que são os que
conseguem chegar a uma normalidade em relação a sociedade, muitos conseguem ter
uma vida tranqüila. Porém em todos os níveis o acompanhamento profissional se
faz necessário.
Em relação à
Sexualidade:
É importante
desconstruir alguns mitos, como por exemplo, acreditar que o portador de
deficiência intelectual é assexuado, o que ainda é muito comum mesmo entre
familiares e alguns profissionais. Como reflete Uniara (2012) ‘’A crença mais
comum professada pela população é a de que as pessoas com deficiência mental
(deficiência intelectual) são seres assexuados, que não despertam para o
interesse sexual, não apresentando desejos e interesses compatíveis com seus
pares de mesma faixa etária e que são incapazes de manter vínculos afetivos com
qualquer possibilidade de duração. ’’(p.08)
É importante entender
que há uma sexualidade e que muitos casos isso aparece e o sujeito com
deficiência intelectual não consegue
lidar com essas manifestações, acabam muitas vezes se expondo em lugares
públicos, tocando seus genitais por exemplo. Por isso é fundamental a
orientação profissional. Esse comportamento pode ser entendido em alguns casos
como de risco, pois ficam a mercê de algum tipo de violência.
Importante:
Sendo assim, é
fundamental procurar orientação profissional, tanto os familiares quanto
profissionais que acompanham o paciente e não tem conhecimento da sua
sexualidade, e para os demais que de alguma forma convivem com algum Deficiente
Intelectual.
O papel do
profissional:
O profissional que
trabalha com Deficiente Intelectual, familiares, e a comunidade em geral, deve
estar atento e orientar a todos de modo adequado, buscando conhecimento para
melhor efetivar seu trabalho.
Ajudar o deficiente
intelectual e demais no que tange questões como: higiene pessoal e o controle
dos esfíncteres, as alterações hormonais, anatômicas e fisiológicas, o
exibicionismo, os jogos e brincadeiras sexuais, o namoro, a afetividade, o
prazer, a consciência genital, a identificação de gênero e a orientação afetiva
e sexual, o abuso sexual, entre outras, compõem a díade sexualidade-deficiência
intelectual. (Uniara.2012)
Tanto profissionais,
familiares e a comunidade em geral
devem:
-Procurar informações
sobre o assunto;
-Trabalhar com seu
próprio preconceito sobre o tema;
-Orientar-se em relação
à sexualidade para dar suporte aos deficientes quando necessário;
-Ajudar o deficiente
intelectual entender a mudanças do seu corpo;
-Orientar as pessoas
que convivem com o Deficiente Intelectual de como agir, capacitando-os a também
a dar suporta ao DI;
-Conhecer os direitos
do portador e ajudá-los a procurar por eles quando necessário
-Participar de eventos
onde a sexualidade do deficiente seja um dos temas.
Essas são apenas
algumas possibilidades entre outras que podem surgir, o fundamental é ajudar na
construção de uma sociedade justa, que valoriza à todos sem preconceitos.
Clenio Lopes
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