Falar sobre alcoolismo não é mais
novidade, a maioria das pessoas já tem um conhecimento sobre ou mesmo histórias
referente ao assunto.
Beber é algo milenar em
comemorações, eventos sociais, encontro de amigos e até aí tudo bem, o que se
torna um problema é quando a pessoa perde o controle.
Porém, cabe destacar um numero
considerável de pessoas que não se consideram alcoolistas, já que no imaginário
social o alcoólatra é aquele sujeito bêbado, sujo, caindo na sarjeta. Para
esses que a bebida é sempre motivo não apenas de comemoração, mas também uma
necessidade e embora não estejam caindo na sarjeta propriamente dita, mas estão
também tendo prejuízos lentos em sua vida.
O alcoolista funcional, e aquela
pessoa que tem sua rotina de trabalho tranqüila, vivem uma vida aparentemente
legal, MAS, consome tanto álcool quanto
aquele que cai na sarjeta, a desculpa de beber socialmente já caiu por terra na
medida em que muitos perdem o controle.
O alcoolismo é geralmente
definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas
alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal,
familiar, social ou profissional da pessoa e pode potencialmente resultar em
condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte.
É um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais trazem custos. Com
exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países do que todos
os problemas de consumo de droga combinados.
Do ponto de vista médico, o
alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e
socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o
usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga
e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
Cabe salientar que existem os
fatores genéticos que não anulam a questão social da bebida, e deve ser levado
em conta. As doenças mais comuns associadas ao alcoolismo são a cirrose
hepática, as síndromes amnéstica, demencial, alucinatória e delirante, além de
ansiedade, distúrbios sexuais, alterações do sono, etc. O alcoolismo também
aumenta a predisposição a outras doenças, como às infecções.
O consumo crônico do álcool por
prazo muito longo acaba por levar a mudanças psicológicas profundas, entre as
quais aquelas que incluem alterações dos padrões éticos e emocionais da pessoa,
deterioração das relações familiares e sociais e descaso com as tarefas
laborativas. O alcoólatra (e às vezes o mero usuário não alcoólatra) pode ter
um comportamento violento e até mesmo criminal.
Síndrome do blackout e da
abstinência
Pode ocorrer em bebedores
esporádicos ou crônicos e caracteriza-se por amnésia que pode durar horas, sem
perda de consciência da realidade durante a crise. O blackout (ou apagamento)
acontece porque o álcool interfere nos circuitos cerebrais encarregados de
arquivar acontecimentos recentes. O quadro, de certa forma, lembra o perfil de
memória das pessoas idosas, capazes de contar com detalhes histórias antigas,
mas que não conseguem recordar o cardápio do almoço.
O álcool é uma droga depressora
do Sistema Nervoso Central. Para contrabalançar esse efeito, o usuário crônico
aumenta a atividade de certos circuitos de neurônios que se opõem à ação
depressiva. Quando a droga é suspensa abruptamente, depois de longo período de
uso, esses circuitos estimulatórios não encontram mais a ação depressora para
equilibrá-los e surge, então, a síndrome de hiperexcitabilidade característica
da abstinência.
Seus sintomas mais frequentes
são: tremores, distúrbios de percepção, convulsões e delirium tremens.
Certamente,quando a pessoa se
enquadra em características assim, é importante procurar por tratamento. O
tratamento pode se dar por psicoterapia individual e em grupos , o AA sendo um
dos mais conhecidos.
O tratamento se dá por tempo
indeterminado já que é uma doença crônica o paciente deve estar sendo em
atendimento até se sentir seguro e capaz de evitar o contato com a bebida.
Reconhecer e aceitar essa
condição de alcoolista funcional é um passo importante para procurar ajuda, e
necessário para o bem estar do sujeito e das pessoas a sua volta.
O problema não está em encontrar os
amigos uma vez por semana para beber uma cerveja ou algo do gênero, e sim
quando fica a semana toda apenas esperando por esse dia, quando isso se torna
mais uma necessidade do que um momento de prazer.
Conheça os diferentes tipos de
tratamento para o alcoolismo:
Clenio Lopes
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