domingo, 24 de junho de 2012

Uma Viagem Inesperada

O autismo mais uma vez será tema do meu post. Lendo o livro Mundo Singular-Entenda o Autimo não tenho como deixar de lembrar do filme Uma Viagem Inesperada (2004), e quero indica-lo, é um filme fascinante que mostra a luta de uma mãe em busca de respostas e de descobertas diante de seus filhos autistas.
Sinopse:
Quando Corrine descobre que seus dois filhos gêmeos são autistas, ela fica inconformada a princípio, mas acaba aceitando o veredito. Ela então conta ao marido sobre o fato, e ele lhe diz que não quer lidar com o problema do autismo. Por isso, Corrine o abandona, e passa a criar os meninos sozinha. Ela os coloca numa escola e não informa sobre problema dos meninos. Mas a atitude estranha das crianças faz com que os professores a acusem de maus tratos e, quando Corrine conta a verdade, eles a mandam procurar outra escola. Finalmente, graças ao apoio incondicional da mãe, as crianças conseguem superar as dificuldades impostas pela doença. 

Que a luta dessa mãe nos inspire a pensar no Autismo e desconstruir algumas ideias de que são pessoas incapazes, todos nos temos limitações e precisamos aprender a lidar com elas, com o Autista não é difente, temos muito mais a aprender com eles do que ensinar...

Clenio  Lopes

Fonte: http://www.cinemenu.com.br/filmes/uma-viagem-inesperada-2004

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O cérebro dos idosos Reage menos às experiências de arrependimento.

Recebi por email e achei interessante esse estudo, entendo que de fato com a idade mais avançava vamos dando mais valor a coisas realmente importantes e deixa-se de lado coisas menos necessária. 

E seu tivesse feito isto? E se eu tivesse escolhido aquilo? Uma pesquisa recentemente publicada pelo prestigiado periódico Science demonstrou que esse tipo de pensamento não faz muito a cabeça dos idosos.
 
Pesquisadores da Universidade de Hamburgo na Alemanha estudaram a resposta cerebral de jovens e idosos saudáveis frente a um jogo que exercitava a experiência de arrependimento.  Os voluntários foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional entre os rounds do jogo e os resultados apontaram que, em situações de perda, os idosos apresentavam uma menor ativação da área do cérebro geralmente envolvida na experiência de arrependimento (estriado ventral).
 
Esses resultados foram comparados às respostas de outro grupo de idosos com depressão de início tardio na vida, e os saudáveis tinham menor ativação que os deprimidos. Por outro lado, o cíngulo anterior, região que pode ser comparada a uma central do controle de emoções, uma interace entre emoção e cognição, tinha uma maior ativação entre os idosos saudáveis. Como interpretar esses resultados?
 
Os idosos têm uma tendência a apresentar cada vez menos sentimentos negativos e uma das formas de explicar esse fenômeno é que uma maior consciência da finitude da vida pode levar a um melhor estado mental e de bem estar. Este mecanismo compensatório pode fazer com que os mais velhos tenham menos sentimentos de arrependimento, pois ao contrário dos jovens, há menos tempo para mudar o rumo das coisas e talvez a melhor estratégia seja um certo descomprometimento – “let it be”. Estudos epidemiológicos realmente revelam que os idosos se consideram mais felizes e com maior bem estar emocional que os jovens. 
  
O presente estudo mostrou que, diante de uma experiência negativa, os idosos saudáveis têm o centro de regulação das emoções mais ativado e a região associada ao arrependimento menos ativada que os jovens e também idosos deprimidos. Isso sugere que os cabelos brancos nos ensinam a olhar para uma oportunidade perdida de uma forma menos emocional.  Esse mecanismo adaptativo quando não é bem desenvolvido pode representar um risco aumentado para depressão nessa fase mais tardia da vida. 

Autor: Dr. Ricardo Teixeira 
 
Fonte: http://www.icbneuro.com.br/
 
                 

sábado, 16 de junho de 2012

Mundo Singular-Entenda o Autismo

Estou lendo um livro e não tem como não indicar, Mundo Singular-Entenda o Autismo é mais uma obra da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, eu admiro imensamente o trabalho dela. Em parceria de outros profissionais, escreveu esse trabalho que entendo de grande valia, tanto para profissionais, familiares e pessoas que se interessam em entender mais sobre o Autismo. 

Sobre o livro:
Isoladas num mundo particular de difícil acesso, com hábitos restritos, ritualizados e repetitivos, as crianças que desenvolvem autismo são corriqueiramente vistas como estranhas e alheias a tudo e a todos. O que poucos sabem é que estes indivíduos são dotados de talentos e habilidades singulares. Diante do diagnóstico de autismo, o mais importante para os pais, professores e profissionais de saúde é criar mecanismos para ensinar a essas pessoas os prazeres contidos nos momentos de convivência com a criança, buscando amenizar para elas o caráter invasivo e intimidador que o contato social adquire.Mundo singular, é um guia voltado para o público leigo, com foco no funcionamento mental da criança com autismo.Os autores abordam a cada capítulo os elementos que influenciam a vida de quem vive com o transtorno e daqueles que o cercam. O relacionamento com familiares, o ambiente escolar, o diagnóstico, o tratamento, a afetividade, a vida profissional, as questões legais e as perspectivas futuras são esmiuçados num texto escrito com sensibilidade, em que a teoria ganha contornos humanos, com uma sucessão de relatos de casos reais, que preservam a identidade dos pacientes e defendem uma visão mais humana e positiva acerca dessas crianças que enxergam o mundo de forma tão singular.Além da questão clínica, atenta aos avanços científicos sobre o assunto, mas sem resvalar para uma linguagem técnica, o livro busca despir os preconceitos associados ao tema e demonstrar que a convivência com uma criança com autismo pode se transformar em uma empreitada surpreendente e transformadora.

É sempre importante conhecermos mais sobre esse assunto que nos indaga e nos desafia. Recomendo essa leitura e espero que seja útil a mais pessoas como tem sido pra mim.

Clenio Lopes