Na medida em que o tempo passa e
olhamos a finitude tão próxima nos noticiários, podemos compreender que estamos
vulneráveis a ela.
Claro que não fomos educados para
aceitar o fim da vida, mas negá-lo, não deixará de existir. Por isso, ao
entender esse processo tão natural na nossa dinâmica da vida, a morte, e
olharmos para nossa existência de forma mais acolhedora possível, iremos transformar
esse fim em um renascer.
Quando percebemos que não temos
controle do dia de amanhã, entendemos que é melhor viver o hoje, com plenitude.
O que passou, deve ser olhado com
contemplação, como um gato, um felino farejando tudo e reconhecendo o ambiente,
mas aceitar que não temos como mudar o passado, então o presente é a
oportunidade, se autoperdoar de um momento que se machucou e de apreciar a
companhia de quem ainda está próximo. Ao partirmos, deixamos apenas nossos
melhores momentos na memória de quem amamos.
Podemos ter posses, cargos,
diplomas, mas nada disso define a natureza do ser humano, que é contemplar cada
momento como se fosse o último, e acordar todos os dias agradecendo por mais
uma oportunidade que a vida lhe dá.
Clenio Lopes
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