terça-feira, 25 de outubro de 2011

Erotomania


Erotomania ou Síndrome De Clèrambault, ganhou esse nome após um estudo publicado pelo psiquiatra francês Gaëtan Gatian de Clérambault (1872–1934) sobre o assunto (Les Psychoses Passionelles, 1921). Trata-se de uma convicção delirante, por parte da pessoa em questão de que uma outra pessoa de posição social mais elevada a ama.
Questiona-se motivos orgânicos para o desenvolvimento da erotomania, assim como, acredita-se que a privação sexual seja um fator que impulsione o desenvolvimento da patologia. Não é a toa que o amor muitas vezes esteja intimamente ligado a loucura no senso comum, o próprio Freud fazia uma comparação entre a paixão e a psicose. Sem contar em escritos de outras figuras importantes como Hipócrates e Plutarco. Observou-se que muitos dos erotomaníacos eram pouco atraentes e solitários, que buscava compensar sua realidade por meio de construções delirantes projetadas em pessoas mais "valorizadas" socialmente. Com a falta de aprovação sexual real, o erotomaníaco, constrói esses delírios a fim de satisfazer suas necessidades. A pessoa realmente acredita ser amada por aquele outro, acredita ser desejada sexualmente por esse "parceiro imaginário". A origem dos delírios seria passional, sendo portanto o desenvolvimento da ideia de que, o objeto de amor, é quem ama mais, ou ainda quem ama sozinho. Os delírios são de curta duração, embora sejam muito intensos e recorrentes. Normalmente é o psiquiatra ou o terapeuta sexual que é procurado ou indicado para esse tipo de transtorno.
As linhas de tratamento podem ser empregadas isoladas, mas tem se recorrido muito a tipos de tratamentos combinados, como o uso de medicação concomitantemente à psicoterapia cognitivo comportamental ou focal.
Os grupos de apoio tem demonstrado grande utilidade como terapia adjuvante.
Para aquelas pessoas que apresentam sintomas de voyeurismo ou exibicionismo, a psicoterapia de orientação analítica é a mais indicada, exigindo maior tempo de tratamento.
Em casos mais graves, onde a sindrome coloca outras pessoas também em risco (como abuso sexual ou estupro), pode-se fazer uso de algumas medicações a base de hormônios (progesterona) que inibam o desejo sexual.

Em alguns casos, a internação do paciente se faz necessária para contenção de riscos.

Clenio Lopes


Referências: 
http://www.scielo.br/scielo - http://intimidadessensuais.blogs.sapo.pt - http://www.abcdasaude.com.br

sábado, 15 de outubro de 2011

15 de outubro Dia Do professor



Como surgiu : O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

 Feliz dia do Professor à todos os professores e professoras !


Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Poema ao acaso


Não sei o que é
Mas apenas sinto
Um desejo silencioso
Que sufoca meu adormecer

Transforma meus dias em noites
Meus sonhos em vazios
Minha fantasias em frustrações
Meus caminhos em um nada

Atormenta dilaceradamente
Sem compreender o que sussurra
Em meus ouvidos desatentos
É desejar com muito lamento
Que tudo tenha um cessar 

Clenio Lopes

sábado, 1 de outubro de 2011

Sou psicólogo e daí ???

Este texto tem como objetivo fazer uma reflexão sobre a imagem que muitas pessoas possuem a cerca do psicólogo.
Desde a graduação somos vistos como aqueles que sempre tem uma resposta na ponta da língua para todas as dificuldades humanas. Qual psicólogo nunca passou pela seguinte situação:
"encontra um amigo na rua e ao lhe perguntar como vai ele começa:
- mais ou menos..., ainda bem que te encontrei, eu estou tendo uma problema com meu filho mais velho, ele tem sido agressivo com o bebê e feito muito birra, eu e minha mulher já não agüentamos mais, estamos tão irritados com a situação que já estamos até brigando..." e por aí vai!!!!

Pois é!!!! esse tipo de situação é muito comum na vida de um profissional da psicologia, e surge daí duas questões:

1º - o que fazer numa situação dessa? como colocar limite nas pessoas para que isto não ocorra?
2º - será que as pessoas acreditam que temos respostas para tudo?

Quanto a primeira questão imagino que em primeiro lugar é preciso que o psicólogo saiba qual seu papel como profissional, e que talvez ele deva colocar limite no próprio comportamento, pois é comum esse tipo de situação acontecer, porém se você colocar limites desde o início as pessoas tenderão a parar com esse comportamento. É importante que o profissional tenha claro que ele não é conselheiro, e que em algumas situações  o que as pessoas estão necessitando é de uma intervenção psicoterápica ou mesmo de orientação técnica, portanto não é um "papinho" de 5 ou 10 minutos que irá resolver o problema. Talvez o feitiço vire contra o feiticeiro, a sua sugestão não seja bem compreendida e o seu amigo ainda fale que psicólogo não serve para nada, pois fez o que você orientou e não teve  o resultado esperado. Cuidado com esse tipo de situação!!!
Quanto a segunda questão, o que vejo é que realmente muitas pessoas acreditam que temos todas as respostas! Mas isso traz um sério problema, pois nos colocam num patamar superior e exigem que nos comportemos como tal, sendo assim não podemos errar, não podemos sofrer, não podemos ter desejos, não podemos ser HUMANOS! Já pensou o que é isso? Há uma figura colocada na página que é um alienígena, pois foi assim que me senti algumas vezes, um ser de outro planeta e que além de tudo tem alguns poderes o que me torna SUPER.
Seja você profissional de psicologia ou leigo, pensem até que ponto nós psicólogos somos tão diferentes?
Sou psicólogo e daí?
Com isso quero dizer que antes de ser psicólogo sou um ser humano como qualquer outro, com a diferença que estudei e me preparei para ajudar na mudança de comportamento das pessoas.
Assim como qualquer outra pessoa, tenho fantasias, desejos, sonhos,dificuldades, falhas, etc, porém tenho coragem de olhar e reconhecer estas características para aprender a lidar com elas e assim poder ajudar as demais pessoas, mas isto não me faz ser superior a ninguém, apenas me prepara para exercer minha função na sociedade.



Autor: Ms Amilton Martins dos Santos
Fonte:http://www.conhecereagir.com.br/psiedai.htm