
Foi descrita pela primeira vez em 1880 pelo psiquiatra francês Jules Cotard em sua obra Du délire hypochondriaque dans une forme grave de la mélancolie auxieuse (Do delírio hipocondríaco sob uma forma grave de melancolia ansiosa), a partir do caso de uma mulher de 43 anos que se dizia sem cérebro, "sem cérebro, nervos, tórax ou entranhas e era só pele e ossos, nem Deus nem o Diabo existiam - ela era eterna e viveria para sempre". Inicialmente ela foi então nomeada como Delírio de Negação.
Embora o sintoma central da síndrome seja o delírio de conteúdo niilista, ela pode apresentar-se com diferentes graus de gravidade, variando de formas leves onde pacientes expressam sentimentos de desespero, até chegar a formas mais graves quando os doentes negam a própria existência e/ou a existência do próprio mundo.
A crença, delirante, de já estar morto, ter apodrecido, ou estar apodrecendo, anuncia um conteúdo depressivo do pensamento, estando desde a sua descrição clássica mais relacionada aos quadros melancólicos, ou modernamente, aos quadros de Transtornos de humor unipolar - Depressões graves com sintomas psicóticos.

Autora: Psiquiatra e Psicoterapeuta
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