domingo, 18 de março de 2012

Vício em internet

Meu computador parou de funcionar e fiquei alguns dias sem usar internet, e isso me causou uma leve angústia já que estamos todos ligados na tecnologia e boa parte do tempo estamos conectados, senti falta e me senti desorientado, então pensei: Será que sou um ciberciviciado... Pensando nisso fiz uma breve pesquisa sobre o tema e  vejamos se além de mim outras pessoas se identificam com essa nova 'patologia contemporanea'. (rsrs)

Quando se fala em vício logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, jogatina, entre outros. Porém, o vício está ligado a uma questão mais ampla, ou seja, não se restringe a um ou dois aspectos, mas sim a diversos. Há o vício em internet que também é conhecido como compulsão à internet ou internet-dependência.
É diagnosticado como um caso de internet-dependência, quando as pessoas têm sua vida pessoal, profissional e sentimental afetada pela permanência exagerada na internet. Atualmente, os casos de compulsão à internet vêm crescendo consideravelmente, isso está associado ao fato de que a todo o momento novas pessoas estão se conectando à rede, além dos atrativos novos que ela proporciona aos internautas veteranos, fazendo com que queira permanecer conectados sempre.
O Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC preparou um relatório com alguns procedimentos comuns a pessoas viciadas em internet. Tomando por base os casos atendidos desde 1995, alguns adictos apresentam como principais características:

Preocupação: O viciado fica constantemente preocupado com a internet quando está off-line e mal consegue pensar em outra coisa.

Necessidade: O indivíduo tem a necessidade contínua e crescente de utilizar a internet como forma de obter a excitação desejada.

Irritabilidade:  Quando tentam reduzir seu tempo na internet, o adicto apresenta reação irritada e grande dificuldade de aceitação.

Fuga: Utilização da internet como forma de fugir de problemas, ou de aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão é o modo como o viciado se relaciona com ela.

Mentira: O viciado tem o hábito de mentir para familiares e pessoas próximas com o intuito de encobrir a extensão do seu envolvimento com as atividades on-line.

Prejuízos:  Com o excesso de tempo na internet, o adicto compromete sua vida social e profissional, evitando compromissos off-line.

Lesões:  O uso prolongado do computador causa problemas nas articulações motoras utilizadas na digitação, o que causa lesões por esforços repetitivos (LER).

Apatia:  O viciado em internet tem falta de interesse em atividades que sejam realizadas fora da rede ou longe do mundo digital.

Sonho:  Sensação de estar vivendo um sonho, durante um período prolongado na internet, é comum no dia-a-dia da pessoa com compulsão ao acesso.

Tempo:  Tempo exagerado de conexão, aliado à má qualidade do uso da internet, é uma constante na vida do viciado. A forma da utilização da internet é o elemento determinante para definir se o indivíduo é viciado ou não.

TRANSTORNO DE DEPENDÊNCIA A INTERNET - TDI

Em junho de 2000, a Psic. Luciana Nunes no evento "Psicoterapia e Internet: Uma parceria delicada.", realizado no Rio de Janeiro, apresentou em palestra o conceito de Dependência a Internet como um transtorno já reconhecido na prática clínica americana.
Quem primeiro cogitou a idéia de Dependência a Internet foi o Dr. Ivan Goldberg em 1995, no mesmo ano a Dra. Kinmberly Young assume o termo como referência de trabalho. Em 1999 Dra. Maressa Orzack fundou o serviço de dependência ao Computador no McLean Hospital em Massachusetts. Isso comprova que a dependência a Internet não é representada em casos isolados. A prática clínica da Psic. Luciana Nunes comprova que sintomas são bem distintos e claros na identificação e no diagnóstico do TDI. 
Deixar de ter vida social para ficar usando o computador, perder madrugadas de sono para navegar na Internet ou, no lado oposto, colocar o emprego em risco por resistência a enfrentar a máquina podem ser alguns dos sintomas do abuso dos recursos tecnológicos, novo distúrbio que pode ser superado com tratamento psicológico.


Dependência a Internet é tão prejudicial quanto qualquer outro tipo de dependência, mas também tem tratamento!

Clenio Lopes


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