domingo, 19 de agosto de 2012

Amor Platônico


O Amor Platônico é como o nome diz, mas é sempre uma inspiração para poetas, compositores e sujeitos anônimos que vivem os meandros de algo irreal, mas que é tão intenso e forte que gera sofrimento, mas passa.
O amor platônico ou o amor idealizado deve o seu nome a Platão (350 a.C.), filósofo grego que acreditava na existência de dois mundos: o das ideias, onde tudo era perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, cópia mal acabada do mundo ideal.
Nesse sentido, viver um amor platônico é viver em dois mundos simultaneamente: um onde estamos sozinhos e outro onde namoramos, somos felizes e realizados com a pessoa perfeita que é objeto do nosso amor.
Segundo psicanalistas, um amor platônico é conseqüência de certa imaturidade emocional, afinal, o apaixonado geralmente não experimenta as experiências de uma relação real, vivendo fantasiosamente um namoro com alguém que nem conhece. Mas como é possível gostar de alguém mesmo sem conhecê-lo (a)?!
Outras teorias sobre amor platônico revelam que se trata de um tipo de relação afetuosa ou idealizada, muitas vezes, não correspondida e até aquela relação pura, sem qualquer pensamento sexual ou promíscuo.
Essa última teoria que define amor platônico não combina com a suposta origem do termo, vinda de Platão. O filósofo acredita que um amor platônico era fundamentado em virtudes, não em interesses. Ou seja, segundo essa teoria, o amor platônico é tudo aquilo que é perfeito, tão perfeito que não existe no mundo real.
A maioria das pessoas fantasia acerca das relações amorosas: "Um dia encontrarei o par ideal, que será capaz de me compreender, sem discussões, onde a compatibilidade será perfeita. A magia do amor estará sempre presente e a paixão será eterna." A realidade das relações amorosas, no entanto, é muito diferente. Todo o processo de namoro é uma situação tremendamente arriscada. Somos e sentimo-nos postos à prova, principalmente se aceitarmos darmo-nos a conhecer tal como somos o que significa arriscar sermos amados, mas também rejeitados. E a rejeição não é fácil de aceitar.

Uma relação amorosa é uma das melhores oportunidades de crescimento pessoal. E não há crescimento que não implique sofrimento. Todavia, também inclui uma felicidade enorme. Tal como noutras situações da nossa vida, aquilo que obtemos depende da vontade de lutar por essa relação, arriscando-nos a deixar o nosso "lugar seguro". Geralmente, antes do fim do primeiro ano de relacionamento, os elementos do casal começam a experimentar as primeiras discussões, desentendimentos e dificuldades. É normal. Resulta da necessidade de estabelecer regras de conduta na relação. A cultura familiar de cada elemento do casal permite-lhe crescer com regras, que são forçosamente diferentes do outro. Mas estas funcionam a um nível inconsciente, e muitas vezes não nos damos conta que estamos a tentar impô-las ao outro.
Quem nunca gostou daquela pessoa que nem sonha que existimos, ou nos vê como alguém que conversa de vez enquanto. Essa música da Tiê, 'Se enamora' é um pouco disso tudo... É bom sonhar, mas a realidade sempre dá um jeito de aparecer, e nos faz experenciar a frustração que é viver.

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