terça-feira, 11 de junho de 2013

Sexualidade e Deficiência Intelectual



O que é deficiência intelectual?



Existem diversas teorias a respeito desse tema, acreditando que irá facilitar o entendimento do publico em geral, a Associação Americana de Retardo Mental (AAMR), definiu a “deficiência mental” (deficiência intelectual) “como um funcionamento mental significantemente inferior à média, que tem inicio antes dos 18 anos de idade e, com limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação; auto-cuidado; vida doméstica, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde, segurança”, sendo que tal funcionamento se refere às limitações em aspectos de inteligência prática, social e conceitual. (Uniara,2012)

Podemos também definir que existem graus de deficiência: grave, moderado e leve.

O Grave seria o sujeito com atraso mais perceptível, com maiores complicações na comunicação, interação social, entendimento das tarefas a sua volta. São casos mais complexos.

O Moderado também tem sua complexidade, porém conseguem desenvolver algumas habilidades com maior facilidade e entendimento.

E o leve que são os que conseguem chegar a uma normalidade em relação a sociedade, muitos conseguem ter uma vida tranqüila. Porém em todos os níveis o acompanhamento profissional se faz necessário.

Em relação à Sexualidade:


É importante desconstruir alguns mitos, como por exemplo, acreditar que o portador de deficiência intelectual é assexuado, o que ainda é muito comum mesmo entre familiares e alguns profissionais. Como reflete Uniara (2012) ‘’A crença mais comum professada pela população é a de que as pessoas com deficiência mental (deficiência intelectual) são seres assexuados, que não despertam para o interesse sexual, não apresentando desejos e interesses compatíveis com seus pares de mesma faixa etária e que são incapazes de manter vínculos afetivos com qualquer possibilidade de duração. ’’(p.08)

É importante entender que há uma sexualidade e que muitos casos isso aparece e o sujeito com deficiência  intelectual não consegue lidar com essas manifestações, acabam muitas vezes se expondo em lugares públicos, tocando seus genitais por exemplo. Por isso é fundamental a orientação profissional. Esse comportamento pode ser entendido em alguns casos como de risco, pois ficam a mercê de algum tipo de violência.

Importante:

Sendo assim, é fundamental procurar orientação profissional, tanto os familiares quanto profissionais que acompanham o paciente e não tem conhecimento da sua sexualidade, e para os demais que de alguma forma convivem com algum Deficiente Intelectual.


O papel do profissional:


O profissional que trabalha com Deficiente Intelectual, familiares, e a comunidade em geral, deve estar atento e orientar a todos de modo adequado, buscando conhecimento para melhor efetivar seu trabalho.

Ajudar o deficiente intelectual e demais no que tange questões como: higiene pessoal e o controle dos esfíncteres, as alterações hormonais, anatômicas e fisiológicas, o exibicionismo, os jogos e brincadeiras sexuais, o namoro, a afetividade, o prazer, a consciência genital, a identificação de gênero e a orientação afetiva e sexual, o abuso sexual, entre outras, compõem a díade sexualidade-deficiência intelectual. (Uniara.2012)


Tanto profissionais, familiares e a comunidade  em geral devem: 


-Procurar informações sobre o assunto;

-Trabalhar com seu próprio preconceito sobre o tema;

-Orientar-se em relação à sexualidade para dar suporte aos deficientes quando necessário;

-Ajudar o deficiente intelectual entender a mudanças do seu corpo;

-Orientar as pessoas que convivem com o Deficiente Intelectual de como agir, capacitando-os a também a dar suporta ao DI;

-Conhecer os direitos do portador e ajudá-los a procurar por eles quando necessário

-Exigir atendimento capacitado para dar conta da demanda do deficiente

-Participar de eventos onde a sexualidade do deficiente seja um dos temas.

Essas são apenas algumas possibilidades entre outras que podem surgir, o fundamental é ajudar na construção de uma sociedade justa, que valoriza à todos sem preconceitos. 

Clenio Lopes

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